A verdadeira violência

Imediatamente após a saída do agressor, abri chamado pedindo a recuperação das imagens da câmera, e iniciei mensagem de queixa à Ouvidoria. Pouco tempo depois ainda fiz Boletim de Ocorrência na Delegacia da Santa Efigênia, responsável pela região. Eu quis representar contra o agressor, para que fosse aberto inquérito, mas disseram que teria que ir com advogado, pois era trabalhista. Ai não tive como. Não fui à delegacia da mulher pois ouvi falar certa vez que, como não chegou a violência física, teria que ser na delegacia do bairro ou da região. Então fui direto a esta.


Aí é que se iniciará a violência maior do que a praticada pelo próprio agressor. A violência praticada pela Algar.

Ao invés da esperada credibilidade, apoio, e inadmissibilidade para o ato, a empresa me acusará de ter provocado o homem, me imputará atos que não pratiquei, e encarará a violência como algo completamente banal, como se nada tivesse acontecido. Assim, eu não tinha dignidade alguma, podendo ser atacada por um homem da forma como fui, e não havendo conseqüência alguma para o agressor. Ao menos nada que eu tenha sabido, da mesma forma que a vítima de um assalto espera saber se o assaltante foi punido.

Esta EMPRESA CRIMINOSA dirá ter sido "uma discussão entre dois funcionários"!, em que ela própria não tem nada a ver com isto, e nem foi causado por suas tarefas passadas; como se a vítima se dirigisse ao agressor por vontade própria e não por suas ordens. Cria uma conduta fictícia à vítima, para assim transferir sua responsabilidade para a vítima da violência. Pois a empresa mente ao dizer que a vítima discutiu ou dirigiu qualquer resposta ao agressor. E não tem como explicar que respostas foram estas. O homem atacou exclusivamente pelo cumprimento do trabalho, e em todo tempo a vítima reportava o que vinha ocorrendo para a empresa.

O que merece uma empresa sem escrúpulos, sem caráter, vergonhosa, sem ética, compromissada com a mentira, corrupta como esta? A Algar chegou ao ponto de mentir para o Ministério Público do Trabalho com esta afirmação acima. Este órgão, lamentavelmente tomou como verdade a narrativa da própria empresa denunciada. Sem sequer pedir as imagens para ver se conferem com que a ré está dizendo. Uma empresa com estas práticas nem deveria estar no mercado, deveria ser fechada.






Impressionante que, com o histórico de problemas que esta equipe apresentava, este indivíduo fosse tratado como testemunha isenta. O delinqüente afirma que a vítima DISCUTIU COM O AGRESSOR, como uma coisa bilateral; o que jamais existiu. A vítima jamais entrou em nenhum confronto com o recém-chegado (prova disto é que tudo reportava). Isto muda a natureza do ocorrido, e todo o tratamento decorrente.

Qualquer medida que a empresa alega ter tomado foi baseada nesta falsa premissa de que não houve uma agressão, e sim uma falso embate mútuo com o homem em berros. Portanto, inoperantes.

É irrelevante a empresa alegar que provavelmente puniu o agressor sem informar a vitima; pois se culpou a vitima e a pôs como co-participante da agressão, obviamente não enxergou o agressor como praticante do ataque.  Qualquer ato posterior foi baseado nisto.

Outras pessoas notaram que o indivíduo era agressivo, esta jamais foi minha conduta. Fui agredida sem responder ao homem violento. Nem teria como fazê-lo se desejasse, pois sua voz era muito mais potente e intimidatória. Jamais existiu discussão.

Como mostrado no início, aqueles que estavam presentes, ainda que sejam de índole duvidosa, isto não exime a Algar de culpa. Quando alguém falta com a verdade, é relativamente fácil "pegar na mentira", fazendo cair em contradição. Basta perguntar: "Vc viu a vitima discutindo com o agressor? Mas que palavras eram estas que ela dizia nesta 'discussão'?", "Pode transcrever as palavras?". Não tendo existido uma discussão, não saberão reproduzir as palavras que teriam sido ditas pela vítima.

É até intuitivo que, perante uma afirmação de alguém: "eu vi duas pessoas discutirem", se pergunte: "o que um dizia ao outro?", "qual era o teor do objeto em debate?". Mas a empresa não sabe responder que palavras a vítima da agressão teria berrado no falso confronto que a Algar criou entre a vítima e o homem violento. 

Será que o outro presente poderia responder? Eles batiam boca? Pois uma "discussão" envolve duas partes falando em voz elevada, um querendo falar mais alto que o outro, cada um em defesa de seu ponto de vista. É isso que aconteceu? Esta é só uma forma que a Algar criou para "desfazer" o fato de uma violência, que ela banalizou.

Embora eu pudesse fazer, pois o ingressante estava em treinamento, não me opus a qualquer método que ele quisesse usar (ainda que isto prejudicava as prioridades que deveriam ser seguidas). Não existiu jamais discussão alguma sobre métodos (as posições não eram cabíveis, como já dito). Comentei então que teríamos perdido prazos, o que também não era infração da minha parte. Iniciou-se então o ataque do agressor sem réplica alguma minha. Que os delinqüentes apelidados de "testemunhas isentas" expliquem como foi meu "embate de igual para igual", bilateral, mútuo, com o homem agressivo, factóide que criaram. 

Conclui-se que estes presentes relataram de forma completamente corrompida, com intento doloso. Especialmente este funcionário Leandro, como tinha a hostilidade contra a vitima pelos motivos descritos, resolveu mentir, para assim lesá-la.

Ainda assim, a empresa não checou a veracidade do relato raso, sem descrição das palavras, pondo de mentirosa uma pessoa que lhe fez uma denúncia de agressão.


Logo após o ocorrido, uma sexta-feira à tarde, como comentei, pedi as imagens e comuniquei a Ouvidoria. Não houve pronta resposta. Na segunda-feira seguinte tive que encarar o homem violento, e continuei trabalhando junto com ele ainda por uma semana, até que saí de férias.


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