A agressão

E então ocorre o ápice dos desrespeitos que vinham ocorrendo. Pois este não foi um caso esporádico, e sim gradual.

Em dado momento, o ingressante anuncia o fim dos testes. Ao que observei: "Se tivéssemos esperado, agora que iríamos começar a preparar as máquinas do projeto que se iniciou ONTEM".

A frase tinha escopo técnico, eu possuía o direito de fazê-la pois ele estava em treinamento (o qual a própria empresa me ordenou), e estava dentro do conteúdo. Devido a isto, aquele funcionário inescrupuloso (de nome Leandro) relatou que eu PROVOQUEI o agressor com esta frase! Que a agressão iniciou-se por um comentário meu (ou seja, sou a causadora). Sendo este, o comentário técnico acima. (Em sua mente doente, o funcionário Leandro chegou ao ponto de afirmar que este comentário meu era "alfinetar" o funcionário que ia cobrir minhas férias).

O funcionário em treinamento então partiu para me agredir por meio de altíssimos e degradantes berros, que poderiam ser ouvidos de longe. Assim fui constrangida, intimidada, denegrida, inferiorizada, humilhada por um homem, que deu-se o direito de berrar como a uma pessoa inferior, sem dignidade alguma. No ataque violento, o mesmo dizia que "não ia aceitar isto", que possuía mais conhecimento que eu (o que é falso, conforme minha experiência descrita, mas possivelmente ele não tolerava que uma mulher tenha conhecimento técnico), que estava há uma semana ali e já não me suportava (?!), e que eu pretendia "puxar o tapete" de um substituto de férias. 

Mantendo a conduta adotada desde o início, não respondi absolutamente em nada ao conteúdo das palavras do agressor, ignorando as ofensas, não repliquei em nenhum momento; exceto dizendo - em tom de voz normal - que o mesmo tratasse com a supervisão; o que - ao contrário de discutir - é justamente uma forma de esquivar-se de qualquer confronto.

Sabedor que, por opção da gestão, não seria lhe dado razão, foi então que ele me fez Ameaça de Morte, dizendo "que não iria deixar o local para mim", sem dizer que modo faria para me eliminar (E creio que era capaz, pelo comportamento incomum para um recém-chegado, e por ter-se mostrado descontrolado e agressivo). Recorde que ele é um funcionário recém chegado provisório que iria cobrir minhas férias! Como você se sentiria atuando em um local há anos, e chega um recém-contratado pra vc orientar, e faz toda esta baderna, te agride, te ameaça? Não faz sentido algum qualquer resposta ao agressor, pois certamente acreditaria que sua palavra teria crédito por anos de empresa.

Em tempo real no momento do ataque, eu reportava ao supervisor, escrevendo via whatsapp o que estava ocorrendo. Estava pois com as mãos ocupadas e olhos direcionados ao ceular, não havendo como estar de frente em embate com o agressor.

Acredito que não tenho que ser submetida a este ataque de um homem no local de trabalho, que tenho direito a um ambiente saudável, e a ser tratada como profissional e como pessoa. E não de forma inferior, sob altos berros de um agressivo. Não acho que devo ser ameaçada por berros de um homem estranho, por estar cumprindo as tarefas que me foram passadas. Você, leitor, aceitaria que sua filha ou esposa fosse denegrida desta forma por um homem agressivo no trabalho?

A empresa não possuía segurança, não havia um ramal que eu pudesse acionar seguranças e pedir ajuda. Estive exposta e temerosa de sofrer ataque à minha integridade física.

É inegável que o homem violento atacou desta forma e desqualificou meu conhecimento somente pela condição de ser mulher, isto é evidente. Ou alguém acha que ele faria o mesmo a um homem? (Aliás, coincidentemente, isto se deu no dia 8 de março de 2019, por volta das 16:30, ironicamente em um momento que a presidente da empresa fazia transmissão na Intranet sobre o Dia da Mulher. Neste mesmo instante, ironicamente uma mulher profissional era agredida por um homem violento em uma sala das dependências da empresa. Veremos quanto o discurso é diferente das atitudes).

No momento do ataque estavam somente presentes dois dos quatro que ali trabalhavam, de nomes Roberto e Leandro, que assistiram. (Não duvido que tenham até se divertido com a cena). Havia também câmera na sala.

Após o ataque violento, o funcionário - que estava em período de experiência - foi mantido pela empresa, e ao final do período, EFETIVADO pela Algar; demonstrando a aprovação ao seu comportamento, e desprezo da empresa à violência praticada.

Logo após isto, foi agressivo com mais uma pessoa. Consta que foi demitido alguns meses depois, não se sabe por qual motivo, se por atacar mais alguém ou não. Já a perda da vítima, devido à violência, foi de anos de dedicação a esta empresa.

A melhor descrição para a situação de ser sujeita a berros do homem é a seguinte: rebaixamento vexatório, intimidação, desqualificação, sujeição.



Com o agravante de que eu possuía anos de empresa, e o recém-chegado foi posto por ela mesma, ao qual eu deveria passar os procedimentos do trabalho.


Nenhum comentário:

Postar um comentário